A Bahia e Pernambuco vão implementar a Área de Proteção Fitossanitária (APF) do Vale do São Francisco, composto por dez municípios. Este será um dos resultados práticos do acordo de cooperação técnica, denominado Pacto pela Agropecuária do Vale do São Francisco, assinado nesta quinta-feira, 28, pelos secretários estaduais da Agricultura, Eduardo Salles (Bahia) e Ranilson Brandão Ramos (Pernambuco), na abertura da Fenagri 2011, em Juazeiro. Entre outros objetivos, a APF visa prevenir a entrada de pragas quarentenárias ausentes.
Salles afirmou que não há divisão no Vale e todas as ações relativas à defesa agropecuária, pesquisas, assistência técnica, dentre outras, serão adotadas em conjunto. “Somos parceiros. O Vale é uma ponte entre os dois estados”. Ele disse ainda que o grupo de trabalho formado por quatro representantes de cada secretaria e coordenado pelos secretários concretizará as ações do pacto.
Um dos objetivos do acordo é a elaboração de estudos relativos ao segmento agropecuário, que permitam traçar cenários sobre sua competitividade e subsidiar a formulação de políticas públicas, capazes de contribuir para a consolidação do setor como importante protagonista do desenvolvimento dos estados baiano e pernambucano.
Segundo o secretário Ranilson Brandão, o pacto também tem a finalidade de unificar ações dos dois estados para estimular a produção agropecuária, principalmente da fruticultura irrigada nos municípios localizados na região do Vale do São Francisco.
O acordo enumera importantes ações de apoio à agricultura irrigada e aos setores de defesa animal e vegetal. Os secretários destacaram que a principal medida na área vegetal são as iniciativas voltadas à proteção da uva e manga, garantindo a qualidade da produção dos dois estados, além da melhoria da produtividade e a diversificação das culturas, em forte parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Serão promovidas ainda ações de prospecção de novos mercados para a fruticultura irrigada da região nos países árabes, na Ásia e na África, com o intuito de diminuir a dependência de compradores dos Estados Unidos e da Europa.
Fonte: Governo do Estado da Bahia
Jornal OPovo online 30/07/2011